quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Elitismo?

Sabe quando levamos por anos uma ideiazinha na cabeça sem entretanto formulá-las de forma satisfatória e, um belo dia, a encontramos impecavelmente apresentada?

Meus alunos relativistas se sentem valorizados por uma teoria niveladora que põe sua banda de rock favorita em pé de igualdade com Bach e Mozart; mas repare como uma hierarquia qualitativa lhes volta correndo quando, em nome da coerência, você sugere que sua banda de rock favorita também não pode ser melhor que os Backstreet Boys (…). As velhas dicotomias entre o que é elitista e o que é popular, entre alta e baixa cultura, podem estar mesmo corrompidas por privilégios injustificáveis, mas sem uma nova linguagem de mérito para as artes os pós-modernistas são forçados a viver numa paisagem achatada onde Barry Manilow e Beethoven são iguais.


Stephen T. Asma na revista americana The Chronicle of Higher Education



Citação copiada de P.Q.P. Bach, flor baguala no meio do manantial virtual.

3 comentários:

Brose disse...

o cara se chama "Asma" !!!
ahahhahaha

Ricardo Agostini Martini disse...

O problema dessa idéia é que não há um critério racional para se comparar arte clássica e arte moderna, pois ambas manifestam visões de mundo distintas.

Anônimo disse...

Não acho que seja esse o problema, Martini. Não é uma questão de comparar arte clássica e arte moderna, pois, por mais surpreendente que isso soe, nunca se fez tanta música erudita no mundo.

Acho que qualquer análise interessante sobre o assunto deve, necessariamente, passar pelas características da música popular e da música erudita sendo relacionadas com as marcas indissociáveis no nossos dias: a pressa, a síntese e o superficial. Ouvir e apreciar música erudita é praticamente impossível para um ouvido habituado às tônicas do nosso cotidiano.