terça-feira, 31 de julho de 2007

Pelo fim da CPMF

Não sou de ficar fazendo propaganda aqui no blog; mas, neste caso, a causa é tanto justa quanto séria.
Não deixem de participar do abaixoassinado da FIESP: http://cpmf.fiesp.com.br/.

Futebol

Ser goleiro é um dos trabalhos mais solitários que existem. Todas as defesas extraordinárias da história colocadas juntas não podem compensar um erro em um momento vital. Depois de muitos anos em que vivi numerosas experiências, seguramente tudo o que sei sobre moral e responsabilidade eu devo ao futebol. Aprendi que a bola nunca vem para a gente por onde se espera que venha. Isso me ajudou muito na vida, principalmente nas grandes cidades, onde as pessoas não costumam ser aquilo que a gente pensa que são...

Se o Camus disse, quem sou eu para contestar?
O jeito é jogar mais vezes, para me tornar mais responsável. ;D

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Errata

Ironicamente, o título do post "Sentido e Conotação" foi vítima do próprio vício que o texto critica. E ninguém se deu conta disso (não pensem que foi algo do tipo "peguei vocês!" porque eu também não me dei conta).

Explico. Sentido e conotação, neste caso, são termos análogos. Onde escrevi sentido, deveria constar significado, pois eu estava confrontando os aspectos diferentes, as faces distintas que as palavras, aos nossos olhos (?), apresentam. O ouvido de músico, no entanto, deve ter optado por sentido por se tratar de um termo mais sonoro, mais conforme às suas obsessões estéticas.

Não é de se admirar que, no entanto, ninguém tenha reparado nessa redundância. No fundo, todos que leram e comentaram o texto compreenderam qual era a minha intenção. Como conotação soa mais forte do que sentido, estabeleceu-se uma relação de hierarquia entre as duas palavras que, embora equivocada, surtiu o efeito desejado; ou seja, consegui opôr uma a outra, como tensionava fazer através da "escolha original" - se é que em algum nível mental ela aflorou em algum momento.

Nunca o significado pretere a aparência. Assim, perdoemos os fúteis: eles fazem honestamente o que nós - metidos a besta, acadêmicos letrados de meiatigela, intelectuais de botequim - fingimos não fazer. A eles, o céu da alegria fácil, terrena, tangível; a nós, o inferno da tacanheza enrustida.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Quando o trabalho entedia

Entediado no trabalho?
O pessoal mala da informática bloqueou o Orkut?
Seus problemas acabaram: http://besteirasdoorkut.blogspot.com/ :D

segunda-feira, 23 de julho de 2007

Sentido e conotação

Estava com a patroa, esses dias, quando me ocorreu uma dessas percepções que surgem do nada. Como a maioria das idéias que brotam do ócio cerebral, subconsciente, não é lá de grande valia. Mas vamos a ela.

É impressionante como, em qualquer ato que envolva o uso da linguagem, somos guiados menos pelo significado das palavras do que pela sua conotação. (Ok, eu não precisei de 24 anos para chegar a essa conclusão um tanto óbvia) Desse fenômeno não escapam as mais sutis variações de um termo - isto é, duas expressões com exatamente o mesmo significado podem tomaram conotações diametralmente opostas.

O exemplo que me ocorreu foi o uso do adjetivo colonial e de sua locução equivalente de colono.

Quando nos referimos a móveis coloniais, café colonial e arquitetura colonial, todo mundo fica satisfeito e estampa um sorriso no rosto: trata-se, para a maioria das pessoas, de objetos de fetiche. Por outro lado, sua irmã gêmea de colono tem um sentido completamente negativo. Quando se quer xingar alguém por algo feito com pouca perícia, nas coxas, se chama essa pessoa de colono; quando alguém exaltar o orgulho de nascer na capital diante uma pessoa que veio do interior, a chama de colono. Em síntese, colono é sinônimo de tosco, grosseiro.

Pelo uso figurado que fazemos de certas palavras, esquecemos seu sentido original. Notem que, no sentido dicionaresco, colonial e de colono são exatamente a mesma coisa, qualificam de forma igual. No entanto, ninguém se deslocaria até Gramado para tomar um café de colono, nem pagaria fortunas por móveis de colono. Arquitetura de colono seria algo como uma cabana de paredes feitas de palha e estrume de vaca.

Na boa, colonos somos nós.

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Férias

Fim de semestre, finalmente.

O alívio da constatação acima fica por conta, principalmente, da última quinzena - heróica praticamente. Movi mundos e fundos e paguei toda a vagabundagem que eu tinha adiantado durante o semestre. A breve e intensiva dedicação valeu: passei em todas as disciplinas (sendo que, em algumas, alcancei conceito superior ao esperado). Embora tenha sido exaustivo passar noites em claro debruçado sobre os livros, foi uma boa experiência. Acho que resgatei um pouco do tesão que tinha por estudar, coisa que não me vinha desde a época do colégio (se bem que naquela época eu não estudava por que gostava, mas por ser obrigado). Tomara que essa crise de CDF se estenda para os semestres que vem por aí, embora não acredite muito. Me conheço bem.

Agora, é planejar algo para fazer no tempo livre que apareceu. Pensei em ir ao teatro, ao cinema, essas coisas que eu gosto tanto de fazer e igualmente há tanto tempo não faço... Quem sabe tirar da gaveta aquele conto que ficou no primeiro capítulo e me aventurar por mais uma ou duas partes... Terminar de ler a biografia do Maquiavel e "Os Irmãos Karamázovi"... Mas, sobretudo, trocar o colocar um espelho do banheiro.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

Mas-Colell

Abandonei um pouco os exercícios de Contabilidade Social para disponibilizar dois links que podem ser de muita utilidade aos economistas que freqüentam o blog.

Num lance de tremenda sorte, catei o "Microeconomic Theory", de Mas-Colell e Whinston, - com direito a livro de respostas e tudo, no Rapidshare (bendito Rapidshare!). Uma ótima pedida para quem está farto de Pindycks e Varians da vida. ;D

LINKS:
Microeconomic Theory
Microeconomic Theory Solution Manual

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Lâmpada

Há alguns dias queimou a lâmpada do banheiro. Como bom pãoduro e preguiçoso que sou (tá bom, nem sou tããão sovina assim), tirei a lâmpada do spot da sala, que estava com todas as três lâmpadas, e substitui a queimada do banheiro.

Hoje, enquanto tentava pôr algumas coisas em ordem na minha escrivaninha, abri uma gaveta e (como fazem os atores da propaganda do Hypercard) tchanãããm!, sabem que eu encontrei? A lâmpada queimada! Então lembrei-me que havia guardado ali por não saber o que fazer com ela, se devia colocá-la no lixo seco (correndo o risco de machucar algum incauto lixeiro) ou se deveria entregar em algum posto de coleta da prefeitura ou bizarrice semelhante.

Agora me digam, o que se faz quando uma lâmpada queima e desejamos descartá-la?!