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domingo, 21 de dezembro de 2008

Acho que todo mundo cultiva simpatia por pelo menos uma daquelas músicas que são uma unanimidade na categoria lixo sonoro.

I'm Gonna Be (500 Miles) , do The Proclaimers, é, para mim, uma delas - provavelmente porque eu tenha uma especial inclinação para coisas toscas. É um prato cheio: rednecks com cara de nerds, tecladinhos com som de órgão, melodia e ritmo enjoativos. Não nega suas origens oitentistas: brilhante, a must have!





Se você não estiver de ver o vídeo todo, o que é perfeitamente compreensível, tem uma participaçãozinha da banda num episódio de Family Guy que dá uma boa idéia do que é a obra:


terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Antes fosse urina...

Algumas universidades empregavam um sistema que parece bem... medieval: os alunos eram pagos diretamente pelos professores. Na cidade de Bolonha, os alunos contratavam e demitiam os professores, multavam-nos por faltarem às aulas sem justificativa ou por chegarem atrasados, e até por não responderem às perguntas difíceis. Se a palestra não era interessante, indo devagar demais, ou rápida demais, ou simplesmente não era alta o suficiente para ser ouvida, eles vaiavam e jogavam objetos no professor. Por fim, em Leipzig, a universidade viu a necessidade de promulgar uma lei contra atirar pedras em professores. Mesmo em 1495, um estatuto alemão ainda proibia explicitamente qualquer pessoa associada com a universidade a encharcar os calouros com urina.

(In MLODINOW, Leonard. A janela de Euclides. p. 71.)


Conheço alguns professores que se dariam muito mal caso tivessem tido a sorte de viver durante a Idade Média... Pelo menos os trotes se aperfeiçoaram: certamente muitos bixos prefeririam ser “encharcados com urina” a nadar na água de peixe misturada com bálsamo alemão.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Pão-de-açúcar

Desde a infância, sempre tive curiosidade de saber por que diabos o morrinho aquele lá no Rio de Janeiro se chamava Pão-de-açúcar.

Graças ao Prof. Noguerol, minha dúvida foi dirimida. Em uma aula de Formação Econômica do Brasil sobre o ciclo da cana - há pouco mais de um ano -, ele explicou minuciosamente como se dava o processo de produção do açúcar.

É mais ou menos assim. O caldo de cana é aquecido e transformado em mel-de-engenho. Esse mel é transferido para formas como estas abaixo:



Dentro destas formas, o mel-de-engenho esfria e se transforma em açúcar cristalizado. O bloco de açúcar obtido como resultado recebe o nome de pão-de-açúcar. Pelo desenho das formas na foto acima, fica claro que Pão de Açúcar é o nome perfeito pro morro em questão.

Ótima forma de impressionar a família e bancar o culto em um almoço de domingo. Fica a dica.

terça-feira, 31 de julho de 2007

Futebol

Ser goleiro é um dos trabalhos mais solitários que existem. Todas as defesas extraordinárias da história colocadas juntas não podem compensar um erro em um momento vital. Depois de muitos anos em que vivi numerosas experiências, seguramente tudo o que sei sobre moral e responsabilidade eu devo ao futebol. Aprendi que a bola nunca vem para a gente por onde se espera que venha. Isso me ajudou muito na vida, principalmente nas grandes cidades, onde as pessoas não costumam ser aquilo que a gente pensa que são...

Se o Camus disse, quem sou eu para contestar?
O jeito é jogar mais vezes, para me tornar mais responsável. ;D

quarta-feira, 20 de junho de 2007

MP3

Como eu não sei me comportar, minutos depois de ter escrito aquele post melancólico reclamando do acúmulo de trabalhos e provas típicos de final de semestre e anunciando nas entrelinhas um afastamento temporário do blog, cá estou de novo. Mas é por um assunto nobre, de utilidade pública, praticamente.

Há alguns dias que penso em escrever esse post, mas, na hora, sempre acabo me esquecendo.

Acho que todos já perceberam, nos últimos meses, o surgimento de blogs destinados a divulgar e disponibilizar, normalmente através de links para o Rapidshare, álbuns de música inteiros em formato MP3. Os estilos são dos mais variados. Eu, particularmente, freqüento dois blogs que divulgam CDs de MPB e música clássica. São eles:
  • P.Q.P. Bach. Como dá pra adivinhar pelo nome é dedicado à distribuição de MP3 de música erudita. As postagens vão de obras bastante conhecidas do público em geral - tipo Concertos Comunitários Zaffari ou propaganda de sabonete - àquelas que exigem um pouco mais de "dedicação" do ouvinte. Destaque para os textos que acompanham os links, sempre muito interessantes, assinalando aspectos importantes e curiosidades acerca das obras. Imperdível para quem gosta do gênero.
  • Um Que Tenha. É um blog voltado à MPB. De Anísio Silva à Vanessa da Mata, a maioria dos grandes expoentes da música popular nacional, seja da atualidade ou das antigueiras, encontra-se lá bem representada pelos seus álbuns mais marcantes. Vale a visita.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Como investir na bolsa. Lição I

NÃO COMPRE TULIPAS.

A historieta transcrita a seguir ocorreu na Holanda, em meados do Século XVI.

A Bolha das Tulipas iniciou-se com a sua importação da Turquia a partir dos finais dos Sec. XVI quando entretanto a flor foi atacada por um vírus que não a matou mas antes começou a produzir novos padrões, que variavam de Tulipa para Tulipa produzindo assim um artigo raro, procurado e apetecido.

Assim e talvez não muito surpreendentemente conhecendo a natureza dos mercados e a irracionalidade que pode atingir os investidores, a cotação das Tulipas começou a subir de tal forma que a dada altura havía investidores dispostos a desfazerem-se de todas as suas poupanças de uma vida ou mesmo dos seus terrenos e das suas casas para adquirir mais Tulipas quando não para adquirir uma única Tulipa, sempre no pressuposto de que a(s) venderíam mais tarde a um preço mais elevado. Num só mês chegaram a registar uma valorização de 20 vezes!

Em determinado momento os investidores mais prudentes começaram a desfazer-se do seu espólio provocando uma correcção no valor das Tulipas e não tardou surgiu o efeito de avalanche característico dos Crashes. O que começou por uma correcção mais do que justificada a tanta irracionalidade em torno de um produto de valor subjectivo mas cuja avaliação tinha atingido valores perfeitamente irracionais não tardou e transformou-se em pânico com os investidores a vender a qualquer preço aquilo que tinham comprado a peso de ouro, não que fossem movidos por uma repentina crise de racionalidade mas por puro e simples pânico.

Idade Média e Odontologia

Se mesmo depois do post sobre higiene na Idade Média restar em pé algum panaca reivindicando seu lugar na corte de algum rei malcheiroso ou na cama de alguma duquesa sifilítica, peço que considere a ilustração abaixo, do século XIV:


E você que reclamava do barulhinho da broca, hem?!

segunda-feira, 4 de junho de 2007

George Gershwin

Era uma vez um menino muito muito pobre chamado George. Ele passou sua infância no Brooklin e era filho de imigrantes russos de origem judaica. Quando tornou-se adulto, ao invés de virar batedor de carteiras profissional ou membro da máfia, ele fez isso:

Link para a segunda parte.

Higiene ≠ Idade Média

Este fragmento - que eu, inescrupulosamente, roubei de um blog português - vai para todos aqueles idiotas que gostariam de ter vivido durante a Idade Média ou Moderna:
"Na Idade Média, não existiam escovas de dente, perfumes, desodorizantes, muito menos papel higiénico. As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio.
Em dia de festa, a cozinha do palácio conseguia preparar banquete para 1.500 pessoas, sem a mínima higiene.
Vemos nos filmes de hoje as pessoas sendo abanadas. A explicação não está no calor, mas no mau cheiro que exalavam por debaixo das saias (que eram propositadamente feitas para conter o odor das partes íntimas, já que não havia higiene).
Também não havia o costume de se tomar banho devido ao frio e à quase inexistência de água encanada. O mau cheiro era dissipado pelo abanador. Só os nobres tinham lacaios para abaná-los, para dissipar o mau cheiro que o corpo e boca exalavam, e para espantar os insectos.
Quem já esteve em Versailles admirou os jardins enormes e belos que, na época, não eram só contemplados, mas 'usados' como vaso sanitário nas famosas baladas promovidas pela monarquia, porque não existia banheiro.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de Junho (para eles, o início do verão).
A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em Maio; assim, em Junho, o cheiro das pessoas ainda era tolerável. Entretanto, como alguns odores já começavam a incomodar, as noivas carregavam buquês de flores, junto ao corpo, para disfarçar o mau cheiro. Daí termos 'Maio' como o 'mês das noivas' e a explicação da origem do buquê de noiva."
Eu me acabava na bronha certo.