domingo, 30 de março de 2008

Karaokê erudito

Quem, quando criança, nunca viu o desenho do Pica-Pau travado de pó bancando o barbeiro e cantando ópera?


Pica-Pau fumado de crack viajando a fu num cliente

Eu sempre tentava acompanhar a cantoria, tentando adivinhar a letra. Claro que saía tudo errado, uma vez que eu não sabia italiano (e muito menos sabia cantar). Quem já passou por essa situação traumática na infância, certamente vai curtir as versões de karaokê para o Barbeiro de Sevilha e pra Carmina Burana. Impagável:





quarta-feira, 19 de março de 2008

Cemitério

Quem me conhece há algum tempo sabe que eu tenho alguns interesses meio... er... mórbidos. O mais notório dentre ele é o fascínio que tenho por cemitérios. Muitos acham esse gosto estranho - para não dizer funesto -, coisa de louco. A real é que desde pequeno eu sempre gostei de freqüentar cemitérios.

Há uns anos atrás, quando eu ia visitar a minha vó em Barra do Ribeiro, eu sempre pegava a bicicleta e me bandeava pro pequeno cemitério de lá. Ele ficava no meio de um campo aberto, emoldurado por capões verdes muito bonitos. Ficava por lá uma ou duas horas, sentado sobre o túmulo do meu trisavô, pensando na vida, em meio aquele silêncio quase onírico, até se pôr o sol (e que lindo pôr-do-sol!).

Ontei achei (ou melhor, reencontrei) um site muito bacana (pra quem tem esse tipo de interesse bizarro é claro!). O Find A Grave é uma gigantesca base de dados com informações e fotografias sobre o local onde muitas pessoas famosas (e algumas nem tant0) estão aproveitando o seu descanso eterno. Recomendo (para quem compartilha desse meu interesse mórbido, é claro).

segunda-feira, 10 de março de 2008

Lavanderia

Eu reclamava de lavar a louça porque não tinha a menor idéia de como era lúdico e prazeiroso lavar roupa na pia do banheiro...

segunda-feira, 3 de março de 2008

O cartaz da biblioteca

Eu sempre achei no mínimo curiosos os cartazes afixados nas bibliotecas da UFRGS: "Por favor, depois de utilizar os livros, não recolocá-los na estante." Sempre me ocorria: "Será que eles acham que eu sou tosco o bastante para não saber encontrar a posição correta do volume na prateleira?". Mas, dada a quantidade de imbecis que freqüentam a universidade pública, gratuita e de qualidade, não me pareceu absurdo pensar que aquele aviso visava justamente isso, impedir que os desatentos e inaptos iniciassem um processo caótico na sagrada organização das bibliotecas.

Mas, não, eu estava enganado.

Dia desses, eu perguntei sobre esses cartazes pra Lilly - e já achei que ela ia me dizer com voz meio impaciente de quem explica algo óbvio a um excepcional que aquilo era pra evitar que colocassem os livros no lugar errado, perturbando toda aquela ordem cósmica, mística e serena. Ao invés, porém, tais avisos têm uma finalidade estatística.

Quando consultamos um livro e não o guardamos na estante novamente, o bibliotecário pode tomar nota de que aquele livro foi manuseado. A partir desses registros, é possível descobrir quais livros são mais demandados e que, portanto, precisam de mais exemplares - indício esse levado em conta na hora de decidir quais volumes devem ser comprados.

Então, lembre-se: nunca mais recoloque os livros na estante em uma biblioteca da UFRGS.