Ironicamente, o título do post "Sentido e Conotação" foi vítima do próprio vício que o texto critica. E ninguém se deu conta disso (não pensem que foi algo do tipo "peguei vocês!" porque eu também não me dei conta).
Explico. Sentido e conotação, neste caso, são termos análogos. Onde escrevi sentido, deveria constar significado, pois eu estava confrontando os aspectos diferentes, as faces distintas que as palavras, aos nossos olhos (?), apresentam. O ouvido de músico, no entanto, deve ter optado por sentido por se tratar de um termo mais sonoro, mais conforme às suas obsessões estéticas.
Não é de se admirar que, no entanto, ninguém tenha reparado nessa redundância. No fundo, todos que leram e comentaram o texto compreenderam qual era a minha intenção. Como conotação soa mais forte do que sentido, estabeleceu-se uma relação de hierarquia entre as duas palavras que, embora equivocada, surtiu o efeito desejado; ou seja, consegui opôr uma a outra, como tensionava fazer através da "escolha original" - se é que em algum nível mental ela aflorou em algum momento.
Nunca o significado pretere a aparência. Assim, perdoemos os fúteis: eles fazem honestamente o que nós - metidos a besta, acadêmicos letrados de meiatigela, intelectuais de botequim - fingimos não fazer. A eles, o céu da alegria fácil, terrena, tangível; a nós, o inferno da tacanheza enrustida.
Explico. Sentido e conotação, neste caso, são termos análogos. Onde escrevi sentido, deveria constar significado, pois eu estava confrontando os aspectos diferentes, as faces distintas que as palavras, aos nossos olhos (?), apresentam. O ouvido de músico, no entanto, deve ter optado por sentido por se tratar de um termo mais sonoro, mais conforme às suas obsessões estéticas.
Não é de se admirar que, no entanto, ninguém tenha reparado nessa redundância. No fundo, todos que leram e comentaram o texto compreenderam qual era a minha intenção. Como conotação soa mais forte do que sentido, estabeleceu-se uma relação de hierarquia entre as duas palavras que, embora equivocada, surtiu o efeito desejado; ou seja, consegui opôr uma a outra, como tensionava fazer através da "escolha original" - se é que em algum nível mental ela aflorou em algum momento.
Nunca o significado pretere a aparência. Assim, perdoemos os fúteis: eles fazem honestamente o que nós - metidos a besta, acadêmicos letrados de meiatigela, intelectuais de botequim - fingimos não fazer. A eles, o céu da alegria fácil, terrena, tangível; a nós, o inferno da tacanheza enrustida.
4 comentários:
Pois é, eu pensei que tivesse colocado, intencionalmente, as duas palavras de sentido idêntico para justamente corroborar tua opinião sobre essa "força" das palavras.
No fim, dá certo. hehe
Abraço, Pato.
eu nem dei bola pro título
hauhauhuhauahuhuahauhauhau
É muito mais fácil viver assim, dominado pela aparência, sem nunca pensar na essência. Creio que essas pessoas sim são felizes. Em verdade, pensar dói.
No meu blog eu escrevo a primeira coisa que vier à cabeça no título... às vezes eu tenho q mudar pq perde o sentido. Eu mudo de assunto no texto sem perceber, frequentemente :P
À nós distraídos nada de comentar os títulos dos outros!
Opa!
Pato, só por tu já ter feito a matrícula não quer dizer que não possa mais ter tempo para os fiéis visitantes deste blog! =P
Um abraço, meu velho.
Postar um comentário