segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Hiperdocumentação

Festas de final de ano, comilança, bebedeiras e fotos. Muitas fotos.

Sou só eu que fico meioangustiado quando vou bater uma foto em família ou com os amigos e vejo cada pessoa entregando sua câmera para o fotógrafo fazer um registro da situação?

A conclusão é óbvia: a disseminação das câmeras digitais e a possibilidade de se tirar um número (quase) sem limite de fotos levou à banalização da fotografia.

Não, eu não sou contra a tecnologia, nem achava bom ter que ficar mandando rolos de 24 poses para a revelação. Só acho que a proposta ilimitada que as digitais trazem consigo acaba por reduzir a importância da fotografia - afinal, momentos marcantes vão ocupar o mesmo espaço que os momentos sem nenhuma importância no HD de um computador. Quem, no futuro, vai ter saco de separar esse material? Quando estudava, eu sofria com falta de imagens dos meus bisavós, trisavós, etc... Meus bisnetos e trisnetos também sofrerão: mas desta vez será pelo excesso de fotos, vídeos etc.

Fico só imaginando quem, daqui a uns 50 anos, se prestará a ver cada uma das 300 fotos daquele amigo secreto da empresa...

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