quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O espetáculo da democracia (?)

Há muito o voto deixou de ser um direito para se tornar um castigo.

Chegamos perto de mais uma eleição e são poucos aqueles que têm convicção em algum candidato. Ou se vota em fulano por ser o candidato menos pior, ou se vota em beltrano para tirar sicrano do segundo turno e eleger a Yoda.

Talvez eu apele mais uma vez para o voto nulo. Mas não seria por protesto, nem por qualquer outra razão melodramática. Não acredito no poder do voto. Não é através de eleições que o Brasil mudará.

Mas, posta de lado minha apatia, as eleições continuam sendo uma festa. E, como toda festa, tem música alta. Que fiz eu para merecer um carro-de-som da Maria do Rosário passando nos finais-de-semana de manhã perto de casa, impondo a barulheira acima do meu sono?! E assim é também com Manuela, Fogaça, Onyx... Quem esses sujeitos acham que são pra colocar suas pretensões eleitoreiras acima do bem-estar do eleitor?!

Não é de surpreender o descaso dos políticos com o país: se antes mesmo de eleitos já nos desrespeitam assim, imagine quando assumirem o cargo...

5 comentários:

Mari disse...

Olha, sei que deve ser complicado se candidatar se recorrer aos conhecdos chavoes do marketing mas puta merda eu nao ia criar essas musiquinhas idiotas, preferiria investir na imagem na tv ou qualquer outra coisa.
Bem, o poder do voto em sociedade representativa realmente é bem baixo. Se fosse uma democracia participativa.. seria muito mais interessante.

Ana Carolina disse...

Por isso que eu voto na Vera Guasso!

Pato disse...

A Vera Guasso só não tem carro de som circulando por aí por falta de verbas. Se tivesse recursos, aposto que já teríamos até decorado a letra do hino da Internacional Socialista...

Ana Carolina disse...

"...aposto que já teríamos..."
Muito convincente!
¬¬

Anônimo disse...

o que tem me incomodado ultimamente é quando verifico, ao sair de casa ou voltar pra mesma, a caixa de correio em busca de correspondência nova. e claro, tenho que passar por uma papelada propagandista (spam) horrenda pra achar cartas (contas) e, depois, ainda separar o que preciso guardar pra não me queimar com o serasa e o que vai direto pra reciclagem - sem direito a qualquer leitura superficial, porque não quero saber de quem me falta bruscamente com o respeito dessa forma.

claro, reclamo disso porque ainda não ouvi (pasmém) nenhum carro-de-som por lá.